quinta-feira, 15 de agosto de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DO ATO PÚBLICO DO DIA 14 DE AGOSTO


Queria vir em público esclarecer algumas coisas a respeito da pretensa “desmobilização” do ATO DE ACOMPANHAMENTO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A LEI DE LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES NA CÂMARA MUNICIPAL que iria acontecer no dia 14/08/2013 (quarta-feira).

Primeiramente, assumo integralmente a responsabilidade e explicar o porquê de tomar a iniciativa na véspera, à noite, individualmente, de publicar em cima da hora a necessidade da TRANSFERÊNCIA do ATO:

Por conta das últimas atividades de mobilização em que foram tiradas deliberações sem articulação nenhuma de existência de uma comissão de mobilização, vide, a malograda ação da Sessão Extraordinária (07/08), em que ninguém usou o carro de som adquirido pelo SINTRAJUFE... e depois de acompanhar toda a dificuldade dos companheiros da comissão de mobilização que tiveram de panfletar praticamente sozinhos nesta última terça (13), em que em um coletivo amplo, praticamente ninguém se dispôs voluntariamente a construir, percebi deficiências e vícios se arrastando por parte de algumas pessoas mal intencionadas, de não massificar as ações das Assembleias Populares desde a saída da Ocupação da Câmara (29/07)...

... Dessa forma, ao receber a notícia de um dos membros da Comissão, em que alguns vereadores chamaram a presença da comissão retirada da última Assembleia Popular (10) para comunicar a transferência da Audiência Pública para o dia 28 do mês corrente, decidi, após uma atividade de Mobilização do MPL que estávamos fazendo na ACIB do Anjo da Guarda, ao chegar em casa, substitui o chamado do Ato Público
de ACOMPANHAMENTO no facebook para a nova data da Audiência Pública, portanto, para resguardar toda a logística que se obteve para o dia 28, no intuito de não se repetir os mesmos erros anteriores citados ao que se refere à má utilização da logística...

Agora, se o caráter do Ato devesse ter um patamar de tensionamento para além do ACOMPANHAMENTO, isso deveria ter sido estudado da melhor forma...

Analisaria-se de que forma?

Se fosse de fato um Ato de tensionamento, como eu já havia pronunciado várias intervenções das atividades anteriores pós desocupação e fui voto vencido muitas vezes, não deveria ter existido a retirada da Comissão que se iria pronunciar na Audiência Pública, haja vista, tornar-se-ia contraditório, e só se teria uma lógica de tensionamento, si e somente si, não houvesse uma nova data para a Audiência Pública o que não obedeceu esta lógica, e já se tinha a data nova (28/08)...

Precisamos analisar outro ponto, qualquer medida que se houvesse necessidade de observar sob a égide da Comissão de Acompanhamento retirado em Assembleia Popular Geral realizada no sábado passado (10), dever-se-ia tirar somente em uma nova Assembleia Popular Geral, ou em uma convocatória de uma Assembleia Extraordinária, não seria no caso, ao calor da hora como percebi que algumas pessoas quiseram ter feito ontem pela manhã, como se tem feito algumas vezes de maneira dissimulada...

O que me moveu escrever estes esclarecimentos foi minha ojeriza em que a escrita de Saulo Pinto veio fazer em um grupo do Facebook [Ocupa Câmara SLZ], que nem mesmo fez no grupo oficial da Assembleia Popular, mesmo sendo uma análise que compete a ele em seu direito, sito da mesma forma agraciado a aqui a fazer meu pronunciamento:

Primeiro, ele querer colocar em xeque o nome dos comp@s que compõem a Comissão da Audiência Pública ao escrever da seguinte forma: (...) Fui informado que na última Assembléia Popular 4 camaradas foram eleitos para falar em nome do Coletivo na Audiência pública e não para 'ouvirem' ou 'negociarem' nada, absolutamente nada, com vereador algum (...)”.

É engraçado que toda vez que se tinha Comissão de Acompanhamento nas atividades da Câmara, como por exemplo, após a famigerada manobra dos Vereadores em promoverem toda orquestração violenta com seus "jagunços" causando caos e assim o abortamento da Sessão Extraordinária (07), ele foi um dos que persistia que mantivesse o diálogo com os mesmos que fizeram atrocidades para com o Movimento... Inclusive, após exaustivas discussões a respeito de se subir ou não para tentar amarrar uma nova rodada de audiências, decidiu-se a retirada de 5 pessoas para subir. A princípio fui resoluto que era perda de tempo, mas me pronunciei favorável a subir para dialogar com os vereadores quando alguns pediram para eu compor a comissão de negociação. A princípio, Saulo Pinto afirmou que só subiria aqueles que estavam já com os nomes formados anteriormente, sendo que eu reafirmei que poderiam ser outros e me prontifiquei a compor... Ao retornarmos da reunião, fiz uma análise de que não devêssemos mais permanecer sob a tutela de dialogar nos termos já apresentados dentro do campo formal, mas fui voto vencido novamente e decidiram em continuar nas articulações com as Audiências... Logo me retirei!

Se a persistência de se continuar no campo formal às discussões com os Vereadores foi descrita como uma estratégia, o tensionamento só se daria necessário caso não houvesse uma data já definida por conta dos vereadores, como já foi dito acima...

Seguindo à análise do libelo de Saulo Pinto, ele avança colocando a premissa de que o responsável por modificar a chamada do Ato de ACOMPANHAMENTO seria um irresponsável ao ir de contra um princípio consumado em Assembleia Popular: “(...) Achei, portanto, uma atitude que fere o método de construção deste espaço coletivo, além da ampla desmobilização vergonhosa que levamos às suas ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS [grifo meu]. (...)Mas, como podemos defender o horizontalismo para algumas coisas e sermos verticais em outras? (...)”

Em partes ele teria certa coerência, não me eximirei de minhas responsabilidades, da mesma forma que em alguns momentos cruciais, como estes, temos que tomar medidas que justificam tomada de decisões abruptas e que, portanto, após venham a apresentar consequências negativas, eu humildemente me coloco à sabatina e até a me retirar da comissão de mobilização, que já faço de pronta mão, mas em proporções dentro do permitido, não aceitarei qualquer forma de distorcer ou colocar em xeque minha militância como ele proferiu, não só a mim, mas aos membros da Comissão que respeito muito e dos outros que representaram, mesmo eu divergindo em alguns momentos quando as análises táticas já trabalhadas anteriormente...

É engraçado a análise dele (Saulo Pinto) em proferir qualquer “ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS”(?) em se convocar por atos públicos se, retomando uma discussão que ainda não foi superada, pelo menos por mim, que interfere diretamente nos desdobramentos fatídicos de desmobilizações sistêmicas que tiveram em atividades anteriores, destacada por um setor conservador dos modelos arcaicos, caducos de cunho pretensamente “revolucionário”, mas que persiste em querer deliberar de maneira centralizadora e orquestrada, dissimulada em um verniz democrático...

Tenho que retomar à Plenária do dia anterior a desocupação da Câmara Municipal (28/07):
Na véspera da retirada da Ocupação (28/07), houve um momento deliberativo em plenária, de que forma possivelmente se estabeleceria caso houvesse a retirada da Câmara. Minha proposição foi bem clara que independente de se estipular a saída ou permanência dos manifestantes, deveríamos convocar desde já, no caso, logo que encerrada a plenária uma chamada clara de um ATO PÚBLICO, massivo para os desdobramentos do dia seguinte (dia da desocupação). 


Houve uma polarização contrária por parte da fala de Claudia Durans (militante do PSTU) em que ela pronuncia só se chamasse um Ato Público, esgotada as negociações com os Vereadores. Logo, Saulo Pinto entrou nas considerações em que quase distorceu minha fala tentando dissuadir à favor da posição de Claudia Durans. Essas distorções seguiram inclusive em outros momentos como por exemplo, em uma fala de Doni Aleluia só para encaminhar sua proposta.

A proposta vencida foi a minha, que continha a necessidade imediata de se convocar um Ato Público massivo para o dia seguinte... Após o exaustivo debate, preferi me retirar para resolver problemas de trabalho em casa, e voltar para o dia seguinte bem cedo para acompanhar os desdobramentos...

Mas para surpresa minha, ao entrar no Facebook para acompanhar os encaminhamentos, mais de uma hora depois das deliberações, presenciei o encaminhamento errado das deliberações da plenária (FOTO 01). De imediato tentei entrar em contato via facebook, mas não consegui. Resolvi ligar para o Comp@ Dadson Leite e pedir para passar para Bruno Rogens solicitando que fosse modificado o Layout de divulgação para a chamada do ATO PÚBLICO (FOTO 02):


 (FIGURA 01)

(FOTO 02)  

Não me assusto de que forma as coisas acontecem, até porque não foi um ato falho... Não questionei até então, pois depositei confiança e não quis fazer “uma tempestade no copo d’água”, mas me equivoquei, deveria ter dito isso em público desde o início, talvez muitas coisas não aconteceriam como estão acontecendo... Por que digo isso? É pelo simples fato de que essa chamada estava sendo negligenciada desde a sua gênese... A pessoa responsável da comissão de comunicação que estava executando o layout estava sistematizando a primeira chamada desde os debates fervorosos da plenária, eu involuntariamente estava vendo o conteúdo sendo executado na minha frente, mas não dei pitaco, pois achava que seria modificado logo que a plenária fosse definir os rumos... COISA QUE NÃO ACONTECEU... E SOMENTE FOI MODIFICADO POR CONTA DE QUE EM CASA DEPOIS DE CERTO TEMPO É QUE LIGUEI PARA COMUNICAR...

Depois disso tudo exposto, até que ponto Saulo Pinto, arauto do PSTU vem com essa lombra de “ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS” nas mobilizações? 


Conversa pra boi dormir!!!  

Não estou aqui pra condenar a presença de nenhum partido, ONG, ou Sindicatos dentro dos modelos tradicionais de corporação, até porque é notório que desde que as manifestações das ruas ganharam espaço aqui já até pronunciei publicamente apoio de defesa contra ataques em que o PSTU e várias entidades tiveram sofridos ... Apenas quero frisar uma coisa triste, que infelizmente ganhou uma falsa aparência polarizada nos debates políticos em que pretensamente meu nome e o de Saulo Pinto estejam presentes em minha análise, mas esta vai além de querer disputar espaço político, ou querer criar amalgama negativo de cunho “pessoal”, não é nada disso, mas estou farto de colocações pretensiosas que escondem coisas bizarras e disfarçadas em um simulacro de "idiotissincracia" (nem diria idiossincrasia) e proselitismo...

Termino esta carta com uma poesia de Paulo Melo Sousa, que ao meu ver tornou-se emblemático para mim:


 ARIADNE


Deglutia flores amassadas na maionese;
Acionava os alarmes da autora;
Despertava no país do sono;
Brincava de cabra-cegas à beira do precipício;
Palitava os dentes à espera do apocalipse.






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