sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

RECEITA CASEIRA DE PERU AO WHISKY




Ingredientes:

1 peru de uns 5kg, para seis pessoas

1 Garrafa de whisky

350 ml azeite de oliva

500 grs bacon em fatias

Sal e pimenta a gosto



Modo de Fazer:

· Envolver o peru no bacon, atá-lo, temperar com o sal e a pimenta. Massageá-lo com um pouco de azeite. Pré-aquecer o forno por uns dez minutos. Servir-se de uma dose de whisky enquanto aguarda.

· Colocar o peru numa assadeira de bom tamanho. Não esquecer de untá-la previamente.

· Sirva-se de outra dose de whisky. Ou melhor: enquanto o peru marina, tome duas doses. Uma pergunta. Seria mesmo certo chamar de “marinar” o ato de deixar o peru no azeite e na pimenta-do-reino para pegar gosto? Bem, não importa tome outra dose.

· Axuste o terbostato na marca 3 e debois de 20 binutos bote prá assassinar, não, digo para assar.

· Derrubar três doses de whisky na borra do peru. Uma em você mesmo. Ou no cobo. Ponha gelo. No copo, não no peru. No peru do forno, não no seu. Bem dane-se.

· Bedois de beia hora, fornar a abertura e controlar a assadura do pato. Pegar a garrafa de uisqui e derramar uma boa dose atrás da fragata, não, da gravata. Dada disso, derrube manteiga no copo de uisqui. Não, borra, banteiga no forno. Reegue bem o marreco com uisqui. Beba o que sossobrou. Como diria o Costa e Silvia antes sossobre do que fafalte. Que berda! Mais uisqui. Nocê e no peru. Debois de meia de bruços, titubear até o forno, abrir a borra da borta do vorno e votar no peru, não, voltear o peru do outro labo, lado.

· Fica de bruços. Posição de enrabar o peru. Ahahaha. Dexculpe.

· Queimar a mão ao fechar a merda da borta.....

· Tentar sentar na gadera, servir mais copo no uisqui, ou, ao contrário, tanto faz.

· Cozer (?), costurar (?), cozinhar (?), não, sim? Deixar no vorno por umas quatro horas. Afastar-se 5 passos ou mais. Tentar tirar o forno do peru. Mandar mais um uisqui em cima.

· Tentar tirar o forno do sacana do peru de novo, borque na primeira dãããããão deu.

· Pegar o peru que caiu no jão, enjugar a borra do chão com um pano, toalha de babel. Muita toalha. Que puta zona! Dane-se. Jogue o peru num trato, não, num chato, numa trabessa, numa pandeja, ou qualquer outra borra, bois avinal vc nem gosssssssssssssta buito dessa borra besbo. Bronto!



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A ALIENAÇÃO SOCIAL COTIDIANA DO SISTEMA DE TRANSPORTE DE SÃO LUÍS >>> O CAOS INSTALADO

Ao sair de um fatídico dia de trabalho, não pelo fato do trabalho em si, mas somente nos momentos em que perdemos tempo e nos estressamos neste trânsito caótico que se encontra em nossa Ilha.

Hoje não foi um dia diferente como os outros... Meu pé dolorido, pois desde o dia 1.º de novembro decidi deixar de usar a muleta por conta da recuperação do meu pé quebrado (ainda travado)...

Mas ao retorno para minha casa, surpreendi-me com um comentário decisivo de uma passageira após presenciar estupefata com a brutalidade do motorista ao fechar a porta com uma passageira ainda descendo do busão lotado, quase deixando-a presa à porta... Todos gritando para que o motorista parasse, no entanto, prosseguia de maneira truculenta, e a cobradora, com seu corporativismo fez vista grossa e ficava torcendo os lábios para a situação absurda.

A passageira revoltada começou a expressar sua revolta criticando os rodoviários que ultimamente utilizam paralisações para reivindicar melhoria na segurança. E em alto e bom som colocou que a mesma justificativa que reivindicavam daria para contrapor o que o motorista acabara de fazer com sua violência, no caso a população poderia muito bem se revoltar com a falta de compostura dele e de repente submeter a revoltas com quebra quebra de ônibus e até mesmo chegar a tal descontrole e haver um assassinato por conta de um dia de fúria de qualquer cidadão de bem possa vir a instalar...

Estamos vivendo dias de descontrole por conta da falta de um diálogo entre as classes subalternas, derivada da ausência de uma consciência de classe no desfecho das explorações da classe dominante, no caso dos empresários sedentos por uma ganância do lucro no Sistema de Transporte...

Tal comentário se deu no dia em que tiveram rumores a possível paralisação dos rodoviários por conta das sucessivas mortes e assaltos, pela violência em si que são sujeitos...

Mas tal violência também é vivida pelos passageiros que também são vítimas de assaltos dentro dos ônibus, e por conta deste episódio específico, também é uma violência cotidiana que vivemos por conta da truculência de alguns motoristas...

A falta de perspectiva de um entendimento disto tudo se dá diante da categoria dos rodoviários, essencialmente pelo corporativismo e corrupção que se passa da direção de seu sindicato, que ao invés de convocar toda a sociedade para mudar tal estrutura que corrompe o sistema de transporte, simplesmente cria chantagens com paralisações em que em momentos específicos nos gabinetes, entram em conchavo com o SET (Sindicato dos Empresários do Transporte)...

A população fica atônita a tudo isso!

Sem perspectiva de onde se encontra o mal de todas essas contradições, a população se digladia, dia após dia, sem encontrar um horizonte de mudanças, e isso só fortalece cada vez mais as corporações que monopolizam toda a estrutura que nos corrompe, o Sistema de Transporte, o Sistema em si!!!



AQUI É SÓ UM DESABAFO DE INDIGNAÇÃO NA BUSCA POR SOLUÇÕES, E A ÚNICA SOLUÇÃO ESTÁ NA LUTA CONTRA ESTE SISTEMA NA UNIDADE COM PRINCÍPIOS CONCRETOS, MAS QUE NOSSA SUBJETIVIDADE NOS GUIE DIANTE DE TAL INDIGNAÇÃO!!!


LUTEMOS PELA TARIFA ZERO


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ARTÊMIO MACEDO COSTA É MEMBRO DO MOVIMENTO PASSE LIVRE (MPL) - COLETIVO SÃO LUÍS

sábado, 21 de setembro de 2013

UM ATEU NA IGREJA?




Outro dia (14), estava eu na Praça Gonçalves Dias no intuito de assistir ao Chorinho que realizam no coreto da praça (infelizmente estão suspensas as apresentações por conta da estrutura do local).

Cheguei cedo, no entanto com o sol intenso e os espaços de sombra já ocupados, não vi outra maneira de ir me abrigar na Igreja dos Remédios.

Nada contra para quem foi criado no catolicismo, todavia, inusitado para quem rompeu com a igreja e se declarou Ateu...

Imaginei como geralmente deve acontecer nas mentes das pessoas, mas fiz de maneira despretensiosa, fazer uma pergunta mental e esperar um resultado plausível: Se de fato existir algo sobrenatural que regula nossas vidas, que dê um sinal.

Fiquei contemplando a arquitetura do prédio, ..., quando de repente acontece uma situação bem curiosa...

Um rapaz com uma expressão perturbada havia entrado na sacristia e não demorou, saiu contornando os acentos da igreja e em minha direção veio dizendo:

- É complicado, quero ver se isso aqui funciona... Aqui ninguém ajuda!

Fiquei intrigado com isso, dai despertou a minha curiosidade a respeito do meu pensamento ao adentrar a igreja. Será um sinal?

Não demorou muito e entra um casal, com uma criança de colo com a esposa e um garoto com uma faixa etária aparentando ter entre 4 e 5 anos segurando a mão de seu pai. O pai mostra para o filho uma imagem de Cristo morto deitado coberto com um manto transparente. Então ele se ajoelha e demonstra para o menino a maneira de reverenciar a imagem em respeito à Instituição Religiosa... No entanto, o garoto se recusa balançando a cabeça que não iria fazer... Um verdadeiro iconoclasta esse “piqueno”!

Simplesmente isso tudo me aguçou à resposta daquilo de inicio imaginado quando adentrei à Igreja: Se de fato os sinais demonstrados para mim, reforçou minha descrença a alguma entidade superior!


É parafraseando aquela velha piada:
Por que um Ateu entrou na Igreja?
Da mesma forma que o cão, a Igreja estava aberta!
kkkkkkkkkkkk


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PROSELITISMO REVOLUCIONÁRIO?


O Movimento Black Block teve como seus desdobramentos históricos as manifestações de Gênova em 2001...
 


O PSTU até usou a imagem emblemática de um manifestante dos movimentos Antiglobalização em cima de um carro revirado pelos protestos em uma de suas capas de Agendas do ano de 2002 (Inclusive tinha esta agenda, quando tinha alguma simpatia com o partido aqui)... 

 Imagem publicada no Jornal Folha de São Paulo, domingo, 22 de julho de 2001.



A morte de Carlo Giuliani com o ocorrido na reportagem acima tornou-se um ícone de homenagens e símbolo da resistência das novas lutas que estavam surgindo com o Capitalismo em Crise...

Em uma de suas publicações na época saudava com muita positividade as ações que os Movimentos Antiglobalização estavam comovendo a Luta contra o Sistema Capitalista... 
(veja a publicação: http://www.pstu.org.br/node/9526)
 

Agora o PSTU rechaça o Black Block, oriundo dos movimentos Antiglobalização e fica de Proselitismo Revolucionário...

A moda agora é criar um outro mártir para propagandear sua causa, o Amarildo... O que virá depois?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

PEREIRINHA PINÓQUIO...




Não adianta mais manipular as Audiências sobre o Transporte Público, a ninguém mais você engana... Não adianta manipular informações!!!

A POPULAÇÃO ESTÁ SE ORGANIZANDO!!!

domingo, 25 de agosto de 2013

EXIGIMOS RETRATAÇÃO - MPL

O Movimento Passe-Livre (MPL) Coletivo São Luís
vem a público repudiar a edição grosseira que a TV Assembleia, realizou com a entrevista da Klere Reis, integrante do MPL São Luís.

Na reportagem aparece uma garota (estudante do Liceu Maranhense) que não é Klere Reis como integrante do MPL Coletivo São Luís.

Solicitamos à produtora da matéria, que diga-se de passagem nos procurou, que corrigisse o erro. A mesma disse que agora se tratava de um problema com a direção da TV e se eximiu de qualquer responsabilidade.

Solicitamos que a matéria seja retirada do ar ou que seja imediatamente corrigida.

Atenciosamente MPL, Coletivo São Luís.



sábado, 24 de agosto de 2013

O FASCISMO DIANTE DA POLÊMICA DO RECRUTAMENTO DOS MÉDICOS CUBANOS

Muita gente vem criticando brutalmente a entrada de Médicos Cubanos no Brasil... Isso pra mim fede a Fascismo...

Apesar de eu ser Anarquista, sei reconhecer que muita coisa boa foi construída na revolução cubana, apesar de que historicamente, como todas as revoluções socialistas vieram a se degenerar.., mas essa análise podemos desenvolver em outros momentos ...

Voltemos a um exemplo ilustrativo... Alguém já leu ao livro A ILHA de Fernando Morais? Se não, façam esta leitura para entender melhor o que a revolução cubana pôde contribuir de bom, mesmo sofrendo décadas de Embargo Econômico, Militar e Político pelos EUA...




Atualmente, tem-se visto muito em países que se intitulam "Socialistas" uma corrida em abertura econômica para sobreviverem a toda a pressão do Capitalismo. E para entender a esta adaptação, está na condição de que o Socialismo não sobrevive sem uma tomada de modelo de contrapor ao Capitalismo dentro de uma concepção Internacionalista. 

Mas por que as aspas? Não se pode definir Socialismo em seu tom prático em um dos aspectos estruturais, como por exemplo, a economia de seu País for baseado na economia de mercado... e cada vez mais Cuba vem se colocando dessa maneira para sobreviver enquanto instituição, e voltando a ter uma guinada de retrocesso ao que décadas de resistência, mesmo burocrática com o Castrismo, resistir às imposições do Capitalismo.

No entanto as práticas de abertura econômica para o turismo, por exemplo, vem minando o "Socialismo" de Cuba.

Recentemente, assisti à entrevista de Nanda Costa no Programa do Jô, na Rede Globo. E este apresentou o ensaio fotográfico que ela fez em Cuba, com a Estrela da Revolução alusiva ao Che cobrindo seu mamilo exibindo o título "Viva a Revolução". Iconoclastia pura, diga-se de passagem ao Regime da Ditadura do Proto-Proletária Cubana... E haja Dita Dura!!! (os bolchevistas pira... heheheh)



É no mínimo bizarro, pois como falei, o livro A Ilha remete como exemplo o fim do quintal de prostituição e consumo de drogas por parte dos Burgueses dos EUA que usavam Cuba, antes da Revolução no tempo da Ditadura Cívico Militar de Fulgêncio Batista.

Agora pasmem! Na entrevista que Nanda Costa deu ao Jô, ela frisava que o turismo em Cuba está em alta e tem até restaurantes exclusivos para estrangeiros e que fazem resistência a receberem seus patrícios (até porque economicamente, seus compatriotas não teriam recursos para ostentarem). 

Diante dos fatos, fico aqui pensando, como pessoas ficam criando espasmos esquizofrênicos (he he he, irei pegar emprestado este termo atribuído à mim, mas neste contexto aqui não estou querendo usar para aquele a quem me atribuiu - que fique bem claro), buscando justificativas de conclamar todo Xenofobismo de suas concepções.

Acredito que os mesmos que vivem postando verborreias nas redes sociais sejam os mesmos ou se identificam com os que escreveram no último ENEM sob o tema da redação "Movimento imigratório para o Brasil no século 21" onde utilizaram da fórmula do Nissim "MiNOJO" diante de suas argumentações Chulas Fascistas...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) >>> Genocídio Étnico anunciado!





Foto: Imagem usada em meu TCC em História Licenciatura da UEMA, 2011.
 

A grande mídia e as instituições que buscam legitimar a presença e expansão territorial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) através da data de hoje, dia em que completa 10 anos da tragédia que matou cerca de 21 técnicos que trabalhavam no lançamento do VLS, nunca frisaram uma tragédia maior que se compõe a luta das comunidades remanescentes de quilombos atingidas pelo empreendimento que não atende em nada sua população e muito menos à sociedade brasileira, mas sim aos interesses do Sistema Capitalista.

Este ano tentei escrever novamente uma comunicação oral para a VI Jornada Internacional de Políticas Públicas (JOINPP). Tentei abordar o mesmo tema que desenvolvi em minha apresentação em 2011 na V JOINPP, mas acredito que não fui suficientemente criterioso em lançar novos elementos por uma falta de continuidade em minhas pesquisas, apesar de acreditar que a abordagem dada a mim tem muito a que se levar em consideração sem ter levado ao esgotamento no trabalho anterior apresentado e sujeito a contribuir e muito em uma alternativa de luta contra o Imperialismo Yankke que tenta de toda forma controlar o CLA, direta ou indiretamente.

Então resolvi lançá-lo aqui nesta data oportuna em proferir um olhar diferenciado àquilo que chamo de "chantagem midiática" em detrimento às pressões de se avançar com o Genocídio Étnico instituído com os empreendimentos alçados no CLA em Alcântara.

O título não era original, pois no site para inscrição, por ser muito longo não estava completando, levando a adaptar e o que encaminhei para apreciação da banca examinadora coloquei da seguinte forma:
A EXPANSÃO DA POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA DO CLA: Um processo de genocídio étnico anunciado


Agora, exponho o artigo na íntegra com o título original. SEGUE ABAIXO:



A EXPANSÃO DA POLÍTICA ESPACIAL BRASILEIRA DO CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA (CLA) COMO FATOR DE ALIENAÇÃO ÉTNICA ÀS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA




RESUMO


30 anos depois da instalação do CLA, os conflitos existentes entre o Estado Brasileiro orientado pelo paradigma do Progresso em nome da formação do Programa Espacial, inviabiliza especificamente a autonomia das comunidades remanescentes de quilombos de Alcântara dentro de seu direito constitucional territorial. Intensificado os conflitos diante do imperativo de expansão dos domínios do CLA, na justificativa de conquistar espaço privilegiado no mercado tecnológico através de uma pretensa Soberania, segue na contramão com os acordos de salvaguardas tecnológicos firmados, sendo que estes seguem normas internacionais de controle do monopólio tecnológico, fragilizando dessa forma, a viabilidade do Programa Espacial.

PALAVRAS-CHAVE: Progresso. Exclusão. Nova Ordem Mundial.


 

ABSTRACT


30 years after the installation of the CLA, the conflicts between the Brazilian state-oriented paradigm of progress on behalf of the formation of the space program, specifically undermines the autonomy of communities quilombo Alcantara within its territorial constitutional right. Intensified conflict before the imperative of expanding areas of CLA, in justification of gaining privileged space technology market through an alleged Sovereignty, follows in the opposite with the technological safeguards agreements signed, and these follow international standards for control of technological monopoly , weakening thus the viability of the Space Program.

KEYWORDS: Progress. Exclusion. New World Order.




I. INTRODUÇÃO



O Centro de Lançamento de Alcântara, doravante denominado CLA, desde a sua implantação teve como propostas: a fomentação de um projeto amplo de desenvolvimento científico-tecnológico visando a promoção do desenvolvimento das atividades espaciais sustentando-se no paradigma do Progresso para a sociedade brasileira como um todo. Esse paradigma, em tempos de globalização, tem afetado a soberania de países capitalista dependentes ao se transformar num empreendimento mercadológico privado transpondo-se de suas fronteiras, a exemplo da tentativa do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas Brasil-EUA em 2000.


O imperativo de expansão tratado para o CLA repercute diretamente às implicações de natureza territorial, principalmente, aos grupos étnicos negligenciados pelo Estado brasileiro.


Consoante aos remanescentes quilombolas, o CLA projeta através da necessidade de expansão do Programa Espacial Brasileiro por conta de expropriar novos territórios de Alcântara um processo de exclusão e limpeza étnica alienando seus bens materiais e culturais através de uma postura patrimonialista elitista estigmatizando-os a uma “invisibilidade social” (CARVALHO: 1995) em um processo dialético étnico-histórico-social específico e interesses antagônicos de classes.


O foco central da pesquisa trata de examinar o processo de desapropriação das comunidades tradicionais quilombolas remanescentes de Alcântara para ampliação do CLA orientados pelo paradigma do Progresso em nome da Soberania Nacional, orientação ideológica esta antinômica em face dos interesses transnacionais, envolvendo disputa de território estratégico para desenvolvimento de um nicho crescente do controle tecnológico das grandes potências cívico-militares no contexto da Nova Ordem Mundial.



II. APONTAMENTOS TEÓRICO/METODOLÓGICOS CONTEMPORÂNEOS FRENTE AOS CONFLITOS DE PODER



O mundo contemporâneo está mergulhado em profundas transformações, o que molda uma nova perspectiva de perceber as relações sociais. As “esperanças” de construir uma sociedade mais justa dentro de sua pluralidade foram abaladas em suas “representações”. Podemos identificar conforme afirma Chaveuau e Tétard que houve um “(...) recuo dos idealismos e o deslocamento do político para uma política de gestão (econômica, social, ecológica, ética, humanitária,...)”. (CHAVEUAU E TÉTARD: 2007, p. 32)


Compreender os rumos do CLA pressupõe discutir a inserção do Estado brasileiro na dinâmica da globalização capitalista, ou seja, a ideia de um progresso científico cada vez mais associado ao mercado internacional de tecnologia na busca de responder à crise do sistema capitalista e sua superação.


Evidentemente, com o “fim das ideologias”, a Nova Ordem Mundial conduz dentro de uma lógica de cooperação entre Nações superar a crise da modernidade, conforme destaca a historiadora Lorina Repina, dando o status de uma radicalidade epistemológica para a denominação do “pós-modernismo iconoclasta”. (MABERLA E ROJAS: 2007, p. 31)


O historiador Ciro Flamarion Cardoso refuta esta proposição. Lança mão a uma explicação de natureza filosófica citando Blackburn:

Enquanto para alguns a destruição da objetividade parece ser caminho para se chegar a um radicalismo político libertador, para outros isso vem a permitir pontos de vista nada libertadores, (...) e para outros ainda, como Rorty (...), essa destruição permite um recolhimento de cada um de nós numa atitude estética, irônica, desapegada e jovial quanto as próprias crenças e quanto ao curso dos acontecimentos. Esse recolhimento tem sido criticado por ser socialmente irresponsável (e, em última instância, muito reacionário). (CARDOSO: 2005, p. 158-9)


Há aqui mais uma discussão semântica das relações sociais de que uma mudança de paradigma. Possivelmente levemos a crer que a perda da “esperança” leve a maioria dos historiadores a negligenciar a dinâmica que esses elementos fundamentam as lutas de classes como paradigma dito ultrapassado por esse mundo ainda moderno em suas representações (Estado-Nação, sociedade de classes, institucionalização na organização dos movimentos sociais aos moldes liberais de representação política...).


A apreensão também de uma leitura em que através da interpretação dos conflitos a partir da micro história, fundamentando-se estritamente no culturalismo assuma interpretações para sua representação “por cada região, nação, etnia ou grupo social, fugindo a um nexo construído no centro de formação da ideia de civilização ocidental” (PÔRTO JR.: 2007, p. 26) não fazendo uma ligação dialética com elementos da macro história, dificultam apreender a superação quanto as resistências a esses conflitos em que estão configurados nas relações de classes oprimidas dentro de uma perspectiva diametralmente oposta em suas relações de territoriedade na geopolítica mundial cada vez mais orientados pela crise neoliberal do capitalismo, acelerando a fortificação da intervenção do Estado, em que o Brasil foi sempre visto como periferia do sistema frente a busca da reestruturação do Capital Global.


Analisando o espaço social que caracteriza os conflitos vivenciados pelas comunidades tradicionais frente ao amplo interesse de ampliação do CLA em Alcântara, muitas vezes dissociando sua interpretação do espaço regional com o global como é redesenhado nas novas relações de poder da Nova Ordem Mundial, para além de uma interpretação culturalista, necessitamos fundamentar cada vez mais as lutas existentes, da apropriação de caráter geopolítico ideológico fundado na Soberania Nacional, apresentando cada vez mais submissão internacional aos interesses Imperialistas.



III. ANTAGONISMO NOS INTERESSES TERRITORIAIS:
CLA X COMUNIDADES TRADICIONAIS



A implantação do CLA se deu no mesmo contexto em que emergiu a programática neoliberal no cenário internacional como uma proposta de renovação da economia de mercado. Se externamente o mundo caminhava para a lógica do capitalismo neoliberal, internamente estava em curso, na representação dos militares, um dos mais ambiciosos projetos científicos de um país em desenvolvimento: a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) baseado na ideologia da Soberania Nacional. Mesmo assim, na medida em que o Estado Brasileiro transitava para a superação da Ditadura Militar (reconstruindo nas bases de um Estado de direito democrático-liberal) ocorre, ao mesmo tempo, um deslocamento administrativo dos projetos aeroespacial dos militares para os civis. Esse processo se completa com a criação em 1994, da Agência Espacial Brasileira (AEB) substituindo a COBAE.

(...) o livre mercado passaria a ser o indutor do desenvolvimento nacional, porém, usando como pano de fundo, a continuação na promoção de atividades espaciais de interesse nacional. (PEREIRA: 2008, p. 86)


As comunidades quilombolas ao longo da estruturação e expansão territorial do CLA em Alcântara apresentaram avanços e estagnação dentro da organização política em que os espaços limitados da democracia representativa restringem uma participação mais efetiva de uma ação direta diante de suas reivindicações. Toda essa composição perpassa a uma condução limitada nas reivindicações dentro da esfera institucional político-jurídico/formal, obedecendo a uma “linha prudente” segundo remete Meireles (CHOAIRY: 2000) pesando uma desproporção nas representações sociais dentro da estrutura capitalista.


A capacidade política quer evidentemente designar a capacidade de participar na vida política sob a forma, aliás única e exclusiva da participação nas eleições legislativas. Mas o termo tem um sentido mais alargado, fazendo referência à ideia de ‘capacidade real’, quer dizer à questão de saber o que podem fazer os homens na sociedade sobre a sociedade. (TRINDADE: 2003, p. 173)


A desapropriação das comunidades tradicionais levanta um ponto chave no que consiste a definição de propriedade da terra. Esse princípio levou os remanescentes de quilombos a um processo de “invisibilidade”. Foram esquecidos durante séculos de sua formação em terras desagregadas das grandes propriedades monocultoras do século XVII até ao questionamento atual na luta da titulação, passaram todo seu tempo em se tornar “invisíveis, simbólica e socialmente, para sobreviver” (CARVALHO: 1995, p. 46)


Apesar da existência das oscilações nas lutas vividas pelos movimentos sociais entre as propostas institucionais e as ações e manifestações diretas, percebe-se recuos e avanços prestigiados nos últimos tempos trazendo o enfraquecimento das ideologias, principalmente as ideologias nacionalistas e ganham matizes novas à medida que vão necessitando superar suas fronteiras geográficas para incorporarem ações de luta e solidariedade dentro de suas especificidades, denominando assim um “novo internacionalismo”. (ALMEIDA: 2007)



IV. A IDEOLOGIA DA SOBERANIA NACIONAL NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA NEOLIBERAL


O Estado Brasileiro ao longo dos 30 anos do CLA tiveram seus investimentos “enfraquecidos pela mudança de prioridades” (SILVA FILHO: 1999) pautada no desenvolvimento social brasileiro no que se refere à superação das dificuldades dos orçamentos governamentais, deficiência referente a outras Nações mantenedoras do monopólio tecnológico. A expansão territorial passou a ser uma condição sine qua non para ampliação do Programa Espacial Brasileiro, abrindo para o mercado de serviço de lançamento de foguetes tornado assim em um mero entreposto de serviço espacial internacional.


Dentre as transformações ocorridas nesta Nova Ordem Mundial emerge um “Novo Imperialismo”, definida pela consolidação de uma fusão por consequência contraditória entre a “Política do Estado e do império,” que busca desenvolver dentro de um projeto político as condições para acumular recursos naturais e humanos para fins políticos, econômicos e militares. (HARVEY: 2005, p. 31)


Zbigniew Brzezinski afirma que “(...) os laços transnacionais ganham importância” e estamos caminhando em um “processo político global” que cada vez mais transcendem limites nacionais. Constituído por uma sociedade em expansão científica sem precedente, intensificando a sociedade a um sentimento de insegurança. (BRZEZINSKI: 1971, p. 20)


Os problemas vividos pela ausência do direito de propriedade, as comunidades remanescentes quilombolas de Alcântara esbarram sob a égide da organização política articuladas em modelos tradicionais da democracia representativa, postulados pela “fatalidade econômica” e conduz a uma crise e a rejeição da ação política consequente, interferindo em uma vontade e capacidade de agir protagonista; de se organizar devido a uma desqualificação das decisões e das vontades políticas face ao mercado. (TRINDADE: 2003, p. 172)


As tentativas de alcançar notoriedade internacional nos investimentos tecnológicos se contrapõem à própria noção que o Estado Brasileiro tenta justificar um desenvolvimento soberano do país ao que implica ser “condição importante para a argumentação política em mesas de negociação diplomática perante as demais nações.” (CAEAT: 2010, p. 45) Os esforços do Estado Brasileiro em superar a defasagem dos desafios de inovação tecnológica e científica em decorrência a falta de perspectivas claras de alterações nas políticas de investimentos financeiros, administrativos e de gestão, anuncia como necessidade de cooperação internacional abrir as portas do CLA como forma de capacitar seu projeto espacial com transferência de tecnologia. A dependência externa de tecnologia espacial sempre esteve presente, desde a implantação do Programa Espacial Brasileiro, e nessa perspectiva, aumentará:


O programa tem avançado quando os resultados são tangíveis, como nas parcerias internacionais, onde o peso político da área de relações exteriores assegura um fluxo contínuo de recursos. (CAEAT:2010, p. 60)


Todavia, os EUA líder no setor espacial impõem um controle dentro das relações diplomáticas nos acordos de salvaguardas tecnológicas negação de qualquer transferência de tecnologia dos países parceiros com o Brasil, casos já ocorridos na década de 1990 em acordo com a Rússia e a China; e mais recente, tendo inclusive documentos secretos entre os EUA e Ucrânia sido vazados pela entidade Wikileakes [1] apontando retaliações comerciais caso o país venha a transferir tecnologia na cooperação com a empresa binacional Alcântara Ciclone Space no Brasil.



V. CONCLUSÃO


Ao abordar em uma análise aplicando a história política como referencial metodológico, pode-se identificar uma série de questionamentos limitadores na ordem das estruturas políticas organizacionais dos movimentos sociais em detrimento das políticas de desestruturação socioeconômicas do Estado brasileiro através das políticas de expansão do Programa Espacial Brasileiro com a expropriação do território das comunidades remanescentes de quilombos para o CLA.


Instrumentalizado através do paradigma do Progresso que conduz a um argumento das estruturas que solidificam a sociedade capitalista em uma nova fase que necessita de um olhar mais que urgente na macro história para seu entendimento no conjunto das suas contradições, o Estado Brasileiro tenta justificar ações que se tornam irreconciliáveis os interesses tradicionais das comunidades remanescentes quilombolas de Alcântara.


O processo de expansão do CLA apresenta uma demanda em que o próprio sistema capitalista impõe dentro dos modelos das relações sociais de poder e de disputas políticas, permanências e transformações que nos remetem a questionar as disputas territoriais entre as comunidades tradicionais e o Estado Brasileiro no que tange a antinomia da tradição e do moderno respectivamente, traçando através da representação simbólica do progresso como nova forma de se apresentar para os remanescentes de quilombos em Alcântara um amalgama constituído como o novo processo colonizador característicos de uma limpeza étnica constituída.


Devemos levar em consideração também que os argumentos auferidos para consolidar uma política de investimento tecnológico não contemplam a sociedade brasileira como um todo e ao contrário de posicionar o Estado Brasileiro em um patamar de austeridade internacional tentando vinculá-lo como uma potência tecnológica global, ao contrário, remete-o em um recuo de exploração comercial limitado e proporciona um retrocesso histórico fundando através de um novo colonialismo, gerando um processo de genocídio étnico anunciado.



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REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, Lúcio Flávio. Lutas sociais e questões nacionais na América Latina: algumas reflexões. In: Revista Lutas Sociais. Vol. 17/18, Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais – NEILS, 2007.

BRZEZINSKI, Zbigniew. Entre duas eras. América: Laboratório do Mundo. Rio de Janeiro-RJ. Ed. Artenova S.A., 1971.

CAEAT. Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica. Câmara dos Deputados. Brasília: Centro de Documentação e Informação,2010.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Um historiador fala de teoria e metodologia: ensaios. Bauru, SP: EDUSC, 2005

CARVALHO, José Jorge de (org). O quilombo do Rio das Rãs. História, Tradições, Lutas. Salvador: EDUFBA, 1995.

CHAVEAU. A.; TÉTARD Ph. (org.). Questões para a história do presente. EDUSC, 1999.

CHOAIRY, Antonio César Costa. Alcântara via para o espaço. A dinâmica da implantação do Centro de Lançamento de Alcântara. São Luís-MA. Edições UFMA-PROIN-CS, 2000.

DAVIS, Mike. Apologia dos bárbaros: ensaios contra o império. – São Paulo: Boitempo, 2008.

HARVEY, David. O Novo Imperialismo. São Paulo-SP: Ed. Loyola, 2005.

MARBELA, Jurandir; ROJAS. Carlos Aguirre (org). Historiografia contemporânea em perspectiva crítica. Bauru, SP: EDUSC, 2007.

PEREIRA, Guilherme Reis. Política Espacial Brasileira e a trajetória do INPe (1961-2007). Tese de Doutorado Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica da UNICAMP. Campinas-SP, 2008.

PÔRTO Jr., Gilson. História do tempo presente. EDUSC, 2007.

SILVA FILHO, Durval Henrique da. Considerações sobre a Comercialização do Centro de Lançamento de Alcântara. Revista Eletrônica Espaço e Desenvolvimento. Número 07. Outubro/1999.

TRINDADE, Francisco. A Estrutura do Título – Da Globalização à Autogestão. Ensaios de Filosofia Política, 2003.




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[1] Notícia publicada no Jornal Folha de São Paulo, de 24 de janeiro de 2011.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

UMA RESPOSTA CONVENIENTE >>> LIÇÕES LIBERTÁRIAS DE UM ICONOCLASTA MAL INTERPRETADO



TENTAREI SER METICULOSO COMO JACK O “ESTRIPADOR” E DISSECAR ESTE CADÁVER PUTRIFICO* DIRIGIDA À MINHA PESSOA: Primeiramente é jocoso como ele escreve sendo tão prolixo... além de uma tentativa chula de exprimir um fundamento de meu “cinismo”... Irei compor aqui fragmentos de seus devaneios e assim responder dentro de seu contexto, para se perceber das diferenças de minha escrita à dele e ver quem está dissimulando. Estruturarei minha resposta baseada tão e especificamente no que já publiquei nos meios sociais. Vamos ao Pasquim:
CONTRADIÇÃO PRIMEIRA – No segundo parágrafo:


É risível como uma pessoa cita Lenin e Gramsci em um mesmo parágrafo como se não houvesse historicamente contradições e até repulsa desses dois aplicados em suas contemporaneidades, e na sua escrita aparecer como se não tivessem ocorrido tais contradições de convivências. Citarei mais ainda a Rosa Luxemburgo que à época de convivência com Gramsci ela ressaltava o Jabobinismo de Lenin quando o mesmo em sua posição autoritária com o bolchevismo virou as costas para eles, deixando-os no ostracismo do movimento revolucionário, sendo Lenin o precursor de toda a Sabotagem e estrangulamento da Revolução Socialista Soviética colocando o fim, como diria Maurício Tractemberg em seu livro “Reflexões sobre o Socialismo”, em definir que a máxima proferida por Lenin foi uma falácia: “Todo poder aos Sovietes”, sendo que o Partido Bolchevique anulou os Sovietes do poder...


SEGUNDA CONTRADIÇÃO – No quinto parágrafo:


“Destarte, o horizontalismo definido como método da forma da política da Ocupação esquadrinhou-se pelo respeito às decisões da maioria. (...)”


Assusta-me essa contradição e o uso da horizontalidade, pois em uma matéria que propus, na véspera do fim da Ocupação em uma disputa de encaminhamento feito por mim e Claudia Durans, legítima no debate acalorado, simplesmente Saulo Pinto pronunciou tentativas de distorcer meu encaminhamento com seus proselitismos esdrúxulos tentando confundir minha proposta... Abaixo a descrição que fiz em meu Blog (15 de agosto):

Tenho que retomar à Plenária do dia anterior a desocupação da Câmara Municipal (28/07):
Na véspera da retirada da Ocupação (28/07), houve um momento deliberativo em plenária, de que forma possivelmente se estabeleceria caso houvesse a retirada da Câmara. Minha proposição foi bem clara que independente de se estipular a saída ou permanência dos manifestantes, deveríamos convocar desde já, no caso, logo que encerrada a plenária uma chamada clara de um ATO PÚBLICO, massivo para os desdobramentos do dia seguinte (dia da desocupação).

Houve uma polarização contrária por parte da fala de Claudia Durans (militante do PSTU) em que ela pronuncia só se chamasse um Ato Público, esgotada as negociações com os Vereadores. Logo, Saulo Pinto entrou nas considerações em que quase distorceu minha fala tentando dissuadir à favor da posição de Claudia Durans. Essas distorções seguiram inclusive em outros momentos como por exemplo, em uma fala de Doni Aleluia só para encaminhar sua proposta.

A proposta vencida foi a minha, que continha a necessidade imediata de se convocar um Ato Público massivo para o dia seguinte... Após o exaustivo debate, preferi me retirar para resolver problemas de trabalho em casa, e voltar para o dia seguinte bem cedo para acompanhar os desdobramentos...

Mas para surpresa minha, ao entrar no Facebook para acompanhar os encaminhamentos, mais de uma hora depois das deliberações, presenciei o encaminhamento errado das deliberações da plenária (FOTO 01). De imediato tentei entrar em contato via facebook, mas não consegui. Resolvi ligar para o Comp@ Dadson Leite e pedir para passar para Bruno Rogens solicitando que fosse modificado o Layout de divulgação para a chamada do ATO PÚBLICO (FOTO 02):


(Foto 01)


(Foto 02)

TERCEIRA CONTRADIÇÃO – No sétimo parágrafo:


“Não satisfeito com sua esquizofrenia risível, nosso herói nacional insiste em dizer que não houve erro político no dia 13 de agosto.(...)”


Quando ele insiste em distorcer os fatos do fatídico dia 13 de agosto como “erro político”, venho aqui apresentar novamente minha análise transparente, lúcida, ao contrário de sua conotação de que sofro de “esquizofrenia”, não usada só para mim aos seus rompantes, inclusive dito para outro comp@ na Ocupação:


SOBRE A CONFUSÃO QUE FAZ SOBRE A COMISSÃO DO DIA 07 e do dia 13 (No meu Blog, publicado no dia 20 de agosto):


É muito cômodo criticar a posição da última composição da comissão em que eles foram legitimados a representar qualquer ato que fossem convocados para se tratar da Audiência pública (haja vista foram tirados em Assembleia Popular Geral) mesmo porque quando foram até ao chamado dos vereadores na véspera do ato de ACOMPANHAMETO, foram estritamente a receber o comunicado de adiamento e já com data definida (28/08), ou foi diferente enquanto a penúltima comissão(?) que subiu e continuou buscando canal de negociação no dia seguinte à Sessão Extraordinária, retirada depois do esvaziamento da militância da mesma (Obs.: Compus a primeira comissão que subiu após ao golpe dos vereadores e detectei que estavam de enrolação, denunciei que deveríamos romper “diálogo” mas insistiam em continuar a se reunir no dia seguinte)(!)... Então, qual das duas comissões tinha mais legitimidade? Eu poderia fazer um estardalhaço todo com isso tudo, não fiz, respeitei e seguimos adiante. Por que seu Saulo Pinto agora vem com esse rompante todo? A que serve todo esse pronunciamento arrogante?

>>>CUIDADO<<<

Precisamos ter muito cuidado aqui ao que Saulo Pinto dissimula a respeito de minha iniciativa, quando coloca que eu cometi um “ERRO POLÍTICO”...


Em sua (des)construção em seu Pasquim, ele deixa bem claro que eu “CANCELEI”:


“(...)É sabido, conforme relatou nosso herói, que seu único erro foi ter de maneira “horizontalista”, “isolada”, em função de “circunstâncias emergenciais”, cancelado o Ato do dia 14 de agosto.(...)”


Existe uma diferença enorme entre o termo empregado por mim de transferência e do dele de cancelamento, da mesma forma que existe diferença na palavra OCUPAÇÃO e INVASÃO... Há uma tentativa grosseira de distorcer os fatos. São princípios metodológicos típicos de Stalinistas essas aplicadas por Saulo Pinto para maquiar a História dos Fatos.


AGORA COMO EU PUBLIQUEI NAS REDES SOCIAIS NA PÁGINA EM ESPECÍFICO DO CONVITE DO ATO SUPRACITADO:


TRANSFERIDO, EM CAPSLOCK MESMO PARA NÃO TER PROBLEMA DE COGNIÇÃO:

"TRANSFERIDO"... DIFERENTE DE "CANCELADO"



Em resposta a esses impropérios todos, como escrevi em meu Blog (20 de agosto):


Criticou-se muito a respeito de atropelar as instâncias quando eu tomei a iniciativa de resguardar a logística do Ato que tinha a necessidade de transferir por conta de não se ter mais no dia 14 a Audiência Pública... Mas se o ato era de ACOMPANHAMENTO e não de tensionamento, não tinha a necessidade de manter o Ato, só se tensionaria se não tivesse um reagendamento pré-definido, o que houve (28); Levantou-se a questão que a reunião anterior seria uma manobra para desmobilizar o ato público. A princípio até levantei esta hipótese, mas têm-se elementos que precisamos levar em consideração que extrapola esse entendimento: (foi dito pelos vereadores na noite anterior que não estaria presente representante do SET e SMTT e também não estaria pronta a Auditoria e que o próprio vereador Honorato falou que estaria pronta no dia 23. Elementos essenciais para se compor a Audiência Pública)


Para fechar a pérola, a cereja do bolo nesta análise da terceira contradição, pego mais um trecho deste famigerado parágrafo exaustivo:


“(...)Parece-me uma pergunta descabida, posto que deveríamos manter o Ato e manter posição de vigilância e de denúncia pública da Prefeitura e da Câmara por desrespeitar acordos firmados publicamente com o movimento de Ocupação. (...)


Sob que olhar ele se pronuncia desta maneira? Muito incoerente segundo o que escrevi sob esta tutela dissimulada da preocupação de mobilização pretensamente ampla de denúncia, haja vista já apresentada por mim acima (SEGUNDA CONTRADIÇÃO) que ele não estava preocupado de forma alguma em mobilizar amplamente a sociedade na véspera da saída da Ocupação... ORA VÁ!!!


QUARTA CONTRADIÇÃO – No oitavo parágrafo


“(...)Um proletário tem o direito ontológico de desconfiar e de vigiar seus lideres.(...)”


Primeiramente, nunca me posicionei como um líder do Movimento, pelo contrário, sempre rechacei esta prerrogativa e não seria diferente aqui... No entanto, essa lógica de desconfiança esquizofrênica é típica dos modelos Stalinistas, em que quem não comunga com seus métodos e programas é taxado de contra-revolucionário, no meu caso como ele me agride chamando-me de “esquizofrênico Proto-anarquista e de quinta categoria” ainda por cima me rotulou de “herói Nacional” querendo me colocar longe de meus princípios internacionalistas, como se somente o marxismo defendesse o internacionalismo, típico de um Stalinista de Primeira Categoria, Eim?!!!...


Segue como escrevi em meu Blog, dia 20 de agosto, a respeito:


A iniciativa tumultuada e antecipada de Saulo Pinto em querer convocar uma pauta urgente sobre Regimento Interno, querendo “sanar” tais contradições que ele apontou com seu famigerado libelo no grupo secreto [Ocupa Câmara SLZ] já exaustivamente analisada por mim, no mínimo é equivocada, haja vista o local em que ele quer instalar, no caso, a assembleia popular não é a geral, é uma atividade do GD de Politica Fundiária (17/08)... E mesmo se ele tivesse definido como uma pauta extraordinária a ser instalada, ainda que não se fechasse tal convocatória, portanto, a instância oficial de se deliberar qualquer iniciativa que ele queira puxar a respeito de um Regimento Interno, poder-se-ia até iniciar o debate, mas deverá ser lançado todos os encaminhamentos e desfecho somente para a próxima Assembleia Geral que será dia 24/08. Essa corrida toda em apresentar um modelo de programa, atende a que propósito, ou a de qual grupo político? Típico de grupos centralizadores burocratas “bolchevistas”!

Se os termos de SEU PASQUIM acima esmiuçados estivessem sido expressos estritamente de cunho pessoal não responderia sobremaneira... 

No entanto, vindo com deformações de cunho objetivo, dentro de prerrogativas ocorridas na formação e no devir dos acontecimentos, tenho a responsabilidade enquanto historiador apresentar à contraprova. Não me sujeitarei a deformações da realidade, ainda porque sou sujeito ativo na formação desta história, coletiva e individualmente!

QUANTO AO “RESTO” DE SUA PRETENSA ESCRITA DIFAMATÓRIA, MUITO HILÁRIA POR SINAL:


Ao me apresentar como eu assino meu perfil do Facebook, tenta me expor de maneira ridícula, afirmando que eu não adoto o modelo de “acadêmico burocrático” e proselitista IDIOTIssincrática que ele assume insinuando que tenho um caráter “de falsificação universal”... PATÉTICO!

Primeiramente, para quem não sabe, esclarecerei agora o porque de minha homenagem com a assinatura de Artemio Suvarin Raskólnikov... O Suvarin deriva da personagem anarquista do livro Germinal de Emile Zola, e o Raskólnikov, provém do protagonista do livro Crime e Castigo de Dostoiévsky, personagens e autores que me identifico muito.

Sem delongas, meu nome completo é Artêmio Macedo Costa. 





"Controlar o passado ajuda a dominar o presente, a legitimar tanto as dominações como as rebeldias" 


(Marc Ferro)

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* Pasquim: http://tempodecritica.blogspot.com.br/2013/08/licoes-socialistas-sobre-forma-da.html